segunda-feira, 15 de abril de 2013

Uma Historia pra comover ou como ver!

Essa historia me comoveu muito quando a traduzi. Pensar em como Deus me ama, realmente me anima e me faz querer fazer o melhor do meu dia. Nesse dia pensei em quanto amo meu filho? Um monte, "desse tamanho" ( com os braços abertos) e vi, como nunca vi antes, que Deus me ama bem mais... isso não coube em mim, ainda não cabe, mas aceito cada dia mais e mais feliz.




Uma garota e seu pai!
By Wayne Jacobsen

“majestade, gloria a Deus...” as palavras saiam fácil de minha boca enquanto eu  cantava com um grupo de crentes de todos os EUA que se juntaram pra trocar suas experiências numa igreja relacional. Era um domingo de manhã e só estávamos começando o grupo com canções de louvor e adoração a Deus.
Havíamos cantado algumas canções e mostravam o tema das canções dos anjos e anciãos que cantam ao redor do trono de Deus.
Mesmo sabendo que Deus é merecedor disso e muito mais, algo não estava certo em meu coração. Sentada perto de mim nessa manhã estava uma menina de 3 anos e meio, aninhada nos braços do pai, Jim. Nyssa lutava com as complicações de síndrome de Freeman, uma disordem muscular genética que causa uma escoliose grave e deforma os dedos. Ela é alimentada por um tubo no estomago e essa síndrome não a deixa falar, andar ou brincar como outras crianças. De fato só o que ela consegue fazer é ficar nos braços do pai, balbuciando. Mas você consegue ver a conexão entre eles e o amor e adoração que emana da face dele quando a aconchega em seus braços.
“É isso que Eu Quero”. As palavras apareceram em minha mente tão calmamente que quase as perdi. Tive que parar um minuto para perceber o que ouvi e de onde veio. Certamente não era eu que queria. Depois de uns momentos de meditação eu reconheci a voz do Pai e imediatamente entendi porque meu coração estava tão inquieto essa manhã.
Estávamos exaltando a Deus, junto com uma orde de anjos que rodam o trono de Deus com louvor e adoração. Ele queria que desfrutássemos um momento em seu colo, como aquele pai e filha, com uma intimidade que nenhum momento de adoração poderia substituir.
Agora, por favor não compreenda errado meu ponto de vista em pensar que Deus ou eu temos problemas com adoração e louvor. Eu não tenho e tenho certeza que Ele também não. Mas será que Ele não quer algo mais? Será possível que possamos nos esconder no meio de um monte de pessoas exclamando louvores a Deus e perder o que realmente importa para Ele.
Parei pra pensar um momento e percebi que o que eu preferiria mais. Será que eu não ia preferir que meus filhos sentassem no meu colo e me dissessem como bom pai eu sou, repetindo as mesmas palavras o tempo todo até que eu entendesse a mensagem, ou, eu ia preferir tirar um tempo para caminhar com eles, compartilhar suas alegrias, preocupações e sonhos?
Como um pai de filhos de 19 e 21 anos, essa questão nem paro pra pensar. Muito mais que suas adorações eu prefiro a afeição e amor dos meus filhos.  Será muita pretensão achar que Deus quer o mesmo de nós? Claro que podemos dizer que Ele quer os dois, de fato, alguém pode dizer que a adoração flui naturalmente da afeição. Entretanto, eu acredito que é possível adorar a distancia e não dar a Deus nossa afeição.
O contraste de um grupo adorando a Deus e  imagem de uma pequena e frágil criança nos braços de seu pai ficou na minha mente desde então. Nossa carne pode ser comovida pela adoração dos outros, mas o Pai não tem esse ego. Eu conheço muitas pessoas que sacrificaram a afeição de suas famílias para ter sucesso nos seus trabalhos, mas Deus não funciona desse jeito. Eu penso que Ele aprecia muito mais afeto e amor do que adoração em qualquer dia da semana. Ele é o Deus de amor afinal.
O que mais me tocou nessa troca ente o pai e a filha era a fragilidade da filha não diminuiu em nada o amor do pai. Em nada sua fragilidade a tornou menos merecida. Nós temos a tendência de diminuir nossa adoração quando estamos mais cientes de nossa fragilidade. Quantas vezes os acordes de adoração empurram as “pessoas bonitas” e os “poder para o povo” a frente enquanto nos fundos ficam os que são “menos”? Mas no colo do Pai não tem nem mais nem menos. Pais geralmente gostam de maneira igual  de seus filhos e só enxergam as fraquezas como buracos onde mais amor pode ser colocado.
É interessante saber que Nyssa é adotada. Seus pais a viram pela primeira vez quando ela tinha 11 dias de vida e sabiam de sua condição antes de eles a convidarem para morar com eles.
Jim disse-me que incialmente ele era resistente ao fato de adotar uma criança que precisaria de da tantos cuidados especiais. Mas no momento em que ele pôs seus olhos em Nyssa, tudo mudou. “Logo que a peguei nos braços, ela me olhou e piscou. Meu coração então derreteu e eu soube que deveria dizer sim.”
Ela foi escolhida da mesma maneira que o Pai nos escolhe, consciente de nossas fraquezas e que nos amaria mesmo assim.
Depois seu pai me lembrou que ela nem conseguia ir até o colo do pai. Se o pai não tivesse se abaixado para pega-la. Ela nunca teria sentado no seu colo. Não estou bem certo se nossa situação não é a mesma. Quem de nós consegue chegar até o colo de Deus por nossas forças? Ele é nossa única força e não haverá intimidade se ele não a fizer acontecer. Acho que só o que podemos fazer é estender nossos braços a ele em humildade e submissão. Mas sentar no Seu colo é feito Dele.
Faz sentido para mim agora, porque Jesus perguntou para Pedro após sua ressureição: “Voce me ama?” Ele não queria saber se Pedro adorava Ele, o temia ou estava pronto para servi-lo. Ele só queria o amor de Pedro. Sabia que se tivesse esse amor tudo mais viria junto. Sem isso nada mais ia servir.
Podemos acreditar que Deus nos vê como Jin vê sua filha Nyssa? Essa admiração simples faz toda a diferença do mundo.
“é isso que mais quero!”
Bem não adianta, desde aquela manhã não consigo fazer um tempo de louvor sem me lembrar de Nyssa e seu pai e acabar lembrando do que meu Pai celestial quer realmente de mim.