quinta-feira, 27 de junho de 2013

Hiato



Hiato tem origem no termo Latim “hiatus”, cujo significado é “abertura, fenda, lacuna”.


É exatamente o que está acontecendo com o blog que ninguem lê. Mas esse não é o motivo da lacuna nos textos. O motivo é pessoal, é falta de tempo, falta de dinheiro, falta de inspiração...já estou no cartão amarelo de tanta falta, cuido porquê o proximo pode ser o vermelho, aí meu amigo...precisa ver a regra.


Explicando concluindo, juntamente, estou em um processo transitorio nesse ponto do meu caminho, não muito disposto, mas caminhando mais lento, aproveitando menos a Vida, a natureza, a familia, o trabalho ( veja como tá feia a coisa!). o que me ajuda a continuar dando os passos que tenho que dar é a certeza de ser um periodo transitorio.


Algo de bom vai surgir, porque Deus sempre floresce na gente o melhor das situações, ainda que nos piores lugares. Quando tempo me restar volto a postar no blog que ninguem lê. Quem sabe até lá nao mude o nome pra algo proximo a realidade que já expressei?!


Abraços...de até logo.

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Uma Parabola para nosso Tempo!

Tá devagar as postagens, mas é que o caminhar também ficou lento. Pra quem um dia for ler o que posto aqui, mais um texto do Wayne.



CIDADE ARVORE
por David Hebden and Wayne Jacobsen




Tinha um cidade, igual qualquer outra cidade, a não ser pelo fato que não havia arvores.  Uma doença havia extinto elas a muito tempo de forma que ninguém que morava atualmente se lembrava delas. Eles cresceram acostumados com uma terra reta.
Um dia um jovem foi a biblioteca para passar o tempo e se distrair. A biblioteca fora construída quando a cidade ainda era nova, nada melhor que um posto e uma estação. Aconteceu muito rápido, o jovem estava em uma seção empoeirada da biblioteca quando o term do meio-dia passou chacoalhando todas as estantes. A poeira entrou em seu nariz e ele espirrou, e lá estava, quase caindo da estante. Ele foi coloca o livro no lugar, pensando que deveriam mudar a biblioteca pra longe da estação de trem, pra ter mais paz e sossego.
Obviamente era um livro bem grosso, o que o deixou curioso. Ele o tirou da estante e abriu. Não havia gravuras, e as paginas estavam velhas e amareladas. Parecia uma coleção de historias sobre a vida de um jardineiro “ talvez eu deva dar uma olhada”, ele pensou, “não tenho nada a fazer”.
Naquela tarde sentado na varanda, tomando um refresco bem gelado, ele começou a folhear o livro e parou num capitulo sobre arvores. Isso o fascinou, já que só havia ouvido falar em arvore e nunca tinha visto uma de verdade.  Ele sabia o que madeira era, mas sempre havia vindo do trem das entregas nunca de uma arvore.
A medida que lia mais ficava interessado sobre arvores e o que elas podia providenciar. Como faziam sombra e davam frutas deliciosas para se comer. Elas ofereciam refugio dos ventos do inverno e combustível para o fogo quando estavam velhas e cansadas. Que coisa maravilhosa  essas arvores devem ser! Não seria maravilhoso se tivéssemos algumas por aqui?”
Enquanto os dias passavam ele ficava mais empolgado com arvores e começou a conversar com o amigos sobre o livro e as arvores. Logo achou outros que já haviam ouvido sobre arvores e um ou dois que realmente as tinha visto a distancia. A animação tomou conta da cidade e todos queriam ter arvores. Uma assembleia foi marcada e o prefeito pediu ao jovem para ler sobre as arvores.  Uma votação foi feita e decidiu-se que  ia se construir arvores. Logo a pacata cidade ficou cheia de atividade. Comitês foram formados para desenhar e projetar as arvores, importar a madeira e até arranjar alguns frutos.
Logo havia arvores por toda a cidade. Bem, o que eles achavam que eram arvores! Elas se pareciam muito com o que o livro diziam que eram as arvores. Para as raízes eles cavaram buracos e colocaram cordas porque elas se pareciam com antigas raízes. Eles pregaram essas raízes nem grandes pinos de metal retirados de caminhões. Eles pregaram “galhos” aos troncos e as moças costuraram folhas do linho mais fino, pintaram e as colaram nos galhos. Também conseguiram frutas  e as colaram nesses galhos para que fosse colhidas quando quisessem.
Eventualmente as ruas ficaram cheia de arvores. Mesmo que de longe parecessem arvores,  de perto dava pra ver as diferenças. Pode-se perceber que pessoas diferentes interpretaram o livro de modos diferentes. Elas simplesmente olharam por ângulos diferentes. As cores das folhas eram só cores e as frutas foram usadas as que mais eram apreciadas.
Visitantes começaram a chegar para ver as arvores pela primeira vez em suas vidas e se maravilharam do tremendo trabalho pra construir tantas arvores. Por decisão popular decidiu-se mudar o nome da cidade para cidade arvore. O livro                 que começou tudo foi colocado na prefeitura numa moldura de vidro. Uma nova economia surgiu dos visitantes. Foi criado guias, excursões, loja de brindes, e camisetas da cidade arvore.
Mas a animação inicial foi esquecida por muitos. Eles cresceram construindo e mantendo as arvores e imaginando porque pendurar as frutas, insistindo para que ficassem frescas mesmo depois de armazenadas. Alguns até começaram a questionar se essas eram realmente arvores de verdade. Os especialistas – aqueles que memorizaram o capitulo sobre arvores – logo atacaram quem questionava. Claro que eram reais e verdadeiras. Vejam quanto tempo e dinheiro foram gastos e como vinha gente para ve-las. Poderiam estar todos errados?
Até as frutas começaram a fazer as pessoas ficarem doentes, as pessoas mesmo reclamaram porque não acreditaram que as arvores fariam as frutas melhores.  Logo criou-se uma lei de que só podia comer frutas recém tiradas das arvores, e não se poderia guarda-las em casa. O povo começou a ficar desiludido e desencorajado com muito esforço pra pouco resultado. ”Só precisamos trabalhar mais duro”, exclamou um dos anciãos.
Muitos viviam com medo de serem chamados de baderneiros e ridicularizados por não colocar a prosperidade da cidade frente a suas ideias. Mas esses eram poucos que não conseguiam se encaixar. Pararam de trabalhar nas arvores e de comer seu fruto. No começo tentaram convence-los de como estavam errados, mostrando o crescimento fenomenal da economia das arvores. “ porque então mandamos nossos especialistas a outras cidades que também estão construindo suas arvores”.  Isso funcionava com alguns, que estavam muito cansados para lutar e mudar o equilíbrio e decidiam que era melhor não mudar nada.
Aqueles que continuaram a questionar o porque das arvores, acharam difícil morar lá. Alguns que trabalhavam nas arvores jogavam gravetos e frutas quando estes passavam. Os chamavam de “sem arvores” e diziam para eles, “ se você s não gostam de nossas arvores então saiam de nossa cidade. Mas nunca irão saber a alegria que as arvores nos trazem.” Então eles olhavam uma pra o outro e sorriam. “ é para seu próprio bem, vocês precisam da comida.” finalmente alguns deixaram a cidade.
Um dia o jovem que descobriu o livro estava passeando pela nova prefeitura da cidade construída com o dinheiro da economia gerada pelas arvores. Ele sentou-se numa praça entre as arvores, olhando para o vitral em frente ao prédio.  Trancado dentro estava o livro que causou um monte de divisão entre as pessoas. Ele estava triste porque o que era um promessa se tornou uma confusão, e ele odiou o dia em que achou o livro na biblioteca.
Então ele percebeu que um estranho estava sentado ao seu lado. “ você está bem?” perguntou o estranho. “ você não parece bem.”
O jovem olhou para o estranho e foi cativado por seu olhar. “ eu já fui um “com arvores” agora sou um “ sem arvore””, disse o jovem. ‘” eu pensei que as arvores iriam trazer grande alegria, mas tudo se tornou mais trabalho e problemas.”
“ que arvores?” perguntou o estranho
“essas!” disse o jovem apontado para as arvores
“Meu Deus, é isso que você chama de arvores?” exclamou o homem apontando para as torres formadas de madeira, com linho  e maçãs penduradas.
“elas são o que são. Nós as construímos usando um livros que achei na biblioteca...”
“como!!!” interrompeu o estranho. “ qual o nome desse livro?”
“uhmm, o jardim e seu jardineiro. É um autobiografia, eu acho...algo do tipo.”
“Ah, sei, então você nunca viu uma arvore de verdade?” perguntou o estranho.
Confuso o jovem olhava para seu novo amigo. “essas não são arvores de verdade? Nos as construímos o melhor que conseguimos”
“isso não são arvores. O quanto do livro vocês leram afinal?”
“Bem, somente o capitulo que falava de arvores. Eu até olhei os outros capítulos, mas todos pareciam tão chatos, menos esse das arvores. Nunca tivemos arvores e elas pareciam tão incríveis.”
Subitamente, o estranho se levantou. “me siga. Eu acho que tenho novidades para você.” Intrigado o jovem seguiu o estranho até o vitral. “então vocês nunca leram o livro todo certo? Não pudera essa cidade ser tao estranha.”
“o que você quer dizer com estranha?”
“o livro não é sobre arvores ou jardins, mas sobre o jardineiro que as plantou. Arvores de verdade não pode ser construídas elas crescem sozinhas.”
“crescem?”
“sim, você planta a semente no solo, a mantem úmida e logo crescerá uma arvore que realmente dará frutas.”
“arvores crescem?” o jovem parecia chocado. Nunca tinha ouvido nada desse tipo. “ sempre achei q tinha que construí-las.”
“ eu sei meu amigo, mas você nunca viu uma arvore de verdade. Não tem como construí-la não importa a habilidade do construtor. Você só pode planta-la. Se tivesse lido todo o livro saberia isso. Você conheceria o jardineiro e como ele faz para ter arvores lindas das menores sementes. Tem até algumas sementes coladas na contracapa para que pudesse ser plantadas e cresceriam arvores. Você não as viu?”
“havia alguma coisa”
“eram elas!”
“achei que eram só algumas coisas velhas e joguei fora quando emolduramos o livro”
”somente aqueles que tiraram tempo para ler o livro e conhecer o jardineiro teriam reconhecido as sementes, visto que elas pareciam insignificantes”
“ acho que eu confundi tudo”
“confusões podem ser acertadas” – disse o estranho
“mas joguei fora as sementes e agora não posse nem ler os capítulos sobre o jardineiro!”
“claro que pode”, disse o estranho tirando uma copia do livro de sua mochila e entregando para o jovem.
“veja eu conheço o jardineiro que escreveu esse livro”
O jovem pegou o livro em suas mãos e sorriu. “você conhece?”
“ele é meu pai, e eu estou bem feliz em te mostrar tudo o que quiser saber sobre ele.”
“isso seria ótimo!” abrindo o livro ele correu as mãos pelo interior da contracapa “elas estão aqui!”
Elas estão mesmo, agora você sabe pra que elas são, vamos planta-las e ver o que acontece!”
“uma arvore de verdade? Os outros  ficarão surpresos!”
“sim, ficarão, com certeza...”

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Uma Historia pra comover ou como ver!

Essa historia me comoveu muito quando a traduzi. Pensar em como Deus me ama, realmente me anima e me faz querer fazer o melhor do meu dia. Nesse dia pensei em quanto amo meu filho? Um monte, "desse tamanho" ( com os braços abertos) e vi, como nunca vi antes, que Deus me ama bem mais... isso não coube em mim, ainda não cabe, mas aceito cada dia mais e mais feliz.




Uma garota e seu pai!
By Wayne Jacobsen

“majestade, gloria a Deus...” as palavras saiam fácil de minha boca enquanto eu  cantava com um grupo de crentes de todos os EUA que se juntaram pra trocar suas experiências numa igreja relacional. Era um domingo de manhã e só estávamos começando o grupo com canções de louvor e adoração a Deus.
Havíamos cantado algumas canções e mostravam o tema das canções dos anjos e anciãos que cantam ao redor do trono de Deus.
Mesmo sabendo que Deus é merecedor disso e muito mais, algo não estava certo em meu coração. Sentada perto de mim nessa manhã estava uma menina de 3 anos e meio, aninhada nos braços do pai, Jim. Nyssa lutava com as complicações de síndrome de Freeman, uma disordem muscular genética que causa uma escoliose grave e deforma os dedos. Ela é alimentada por um tubo no estomago e essa síndrome não a deixa falar, andar ou brincar como outras crianças. De fato só o que ela consegue fazer é ficar nos braços do pai, balbuciando. Mas você consegue ver a conexão entre eles e o amor e adoração que emana da face dele quando a aconchega em seus braços.
“É isso que Eu Quero”. As palavras apareceram em minha mente tão calmamente que quase as perdi. Tive que parar um minuto para perceber o que ouvi e de onde veio. Certamente não era eu que queria. Depois de uns momentos de meditação eu reconheci a voz do Pai e imediatamente entendi porque meu coração estava tão inquieto essa manhã.
Estávamos exaltando a Deus, junto com uma orde de anjos que rodam o trono de Deus com louvor e adoração. Ele queria que desfrutássemos um momento em seu colo, como aquele pai e filha, com uma intimidade que nenhum momento de adoração poderia substituir.
Agora, por favor não compreenda errado meu ponto de vista em pensar que Deus ou eu temos problemas com adoração e louvor. Eu não tenho e tenho certeza que Ele também não. Mas será que Ele não quer algo mais? Será possível que possamos nos esconder no meio de um monte de pessoas exclamando louvores a Deus e perder o que realmente importa para Ele.
Parei pra pensar um momento e percebi que o que eu preferiria mais. Será que eu não ia preferir que meus filhos sentassem no meu colo e me dissessem como bom pai eu sou, repetindo as mesmas palavras o tempo todo até que eu entendesse a mensagem, ou, eu ia preferir tirar um tempo para caminhar com eles, compartilhar suas alegrias, preocupações e sonhos?
Como um pai de filhos de 19 e 21 anos, essa questão nem paro pra pensar. Muito mais que suas adorações eu prefiro a afeição e amor dos meus filhos.  Será muita pretensão achar que Deus quer o mesmo de nós? Claro que podemos dizer que Ele quer os dois, de fato, alguém pode dizer que a adoração flui naturalmente da afeição. Entretanto, eu acredito que é possível adorar a distancia e não dar a Deus nossa afeição.
O contraste de um grupo adorando a Deus e  imagem de uma pequena e frágil criança nos braços de seu pai ficou na minha mente desde então. Nossa carne pode ser comovida pela adoração dos outros, mas o Pai não tem esse ego. Eu conheço muitas pessoas que sacrificaram a afeição de suas famílias para ter sucesso nos seus trabalhos, mas Deus não funciona desse jeito. Eu penso que Ele aprecia muito mais afeto e amor do que adoração em qualquer dia da semana. Ele é o Deus de amor afinal.
O que mais me tocou nessa troca ente o pai e a filha era a fragilidade da filha não diminuiu em nada o amor do pai. Em nada sua fragilidade a tornou menos merecida. Nós temos a tendência de diminuir nossa adoração quando estamos mais cientes de nossa fragilidade. Quantas vezes os acordes de adoração empurram as “pessoas bonitas” e os “poder para o povo” a frente enquanto nos fundos ficam os que são “menos”? Mas no colo do Pai não tem nem mais nem menos. Pais geralmente gostam de maneira igual  de seus filhos e só enxergam as fraquezas como buracos onde mais amor pode ser colocado.
É interessante saber que Nyssa é adotada. Seus pais a viram pela primeira vez quando ela tinha 11 dias de vida e sabiam de sua condição antes de eles a convidarem para morar com eles.
Jim disse-me que incialmente ele era resistente ao fato de adotar uma criança que precisaria de da tantos cuidados especiais. Mas no momento em que ele pôs seus olhos em Nyssa, tudo mudou. “Logo que a peguei nos braços, ela me olhou e piscou. Meu coração então derreteu e eu soube que deveria dizer sim.”
Ela foi escolhida da mesma maneira que o Pai nos escolhe, consciente de nossas fraquezas e que nos amaria mesmo assim.
Depois seu pai me lembrou que ela nem conseguia ir até o colo do pai. Se o pai não tivesse se abaixado para pega-la. Ela nunca teria sentado no seu colo. Não estou bem certo se nossa situação não é a mesma. Quem de nós consegue chegar até o colo de Deus por nossas forças? Ele é nossa única força e não haverá intimidade se ele não a fizer acontecer. Acho que só o que podemos fazer é estender nossos braços a ele em humildade e submissão. Mas sentar no Seu colo é feito Dele.
Faz sentido para mim agora, porque Jesus perguntou para Pedro após sua ressureição: “Voce me ama?” Ele não queria saber se Pedro adorava Ele, o temia ou estava pronto para servi-lo. Ele só queria o amor de Pedro. Sabia que se tivesse esse amor tudo mais viria junto. Sem isso nada mais ia servir.
Podemos acreditar que Deus nos vê como Jin vê sua filha Nyssa? Essa admiração simples faz toda a diferença do mundo.
“é isso que mais quero!”
Bem não adianta, desde aquela manhã não consigo fazer um tempo de louvor sem me lembrar de Nyssa e seu pai e acabar lembrando do que meu Pai celestial quer realmente de mim.

quarta-feira, 6 de março de 2013

O Caminho Estreito

Essa será uma postagem com o texto todo... Aproveitem!


A ESTRADA ESTREITA
Por Wayne Jacobsen

Eu acabei de passar um final de semana em um grupo de outro país falando sobre viver no amor de Deus. Depois dois deles me levaram ao aeroporto que ficava a duas horas de distancia. As perguntas continuaram até chegarmos lá. Finalmente um estudante de medicina de 21 anos que sentava no banco de trás fez uma das mais brilhantes observações que eu já ouvi, “Eu estava pensando, Wayne, talvez a razão dessa jornada ser tão difícil é porque é muito mais fácil do que conseguimos acreditar!”
Leia de novo. Tenho escrito sobre encontrar um relacionamento com Deus por 25 anos, recebo muitos e-mails de pessoas frustradas. Mesmo elas lendo meus livros e escutando vários áudios ainda sentem que tem pouca ou nenhuma conexão com Deus. Muitos se sentem esquecidos, outros acabam se perguntando se Ele existe.
A razão dessa jornada ser tão difícil é porque é muito mais fácil do que conseguimos acreditar!

Eu sei o quão difícil pode ser para as pessoas achar esse relacionamento com Deus. Tudo o que acreditamos e aprendemos corre contra esse dinâmico reconhecimento e descanso em Seu amor. Entretanto, não é difícil porque Deus complica as coisas, ou porque precisa de certos talentos ou sensitividade, mas porque procuramos nos lugares errados por como crescer essa vida em nós.
Mas Jesus sabe isso também, e ainda nos desafia a nos relacionarmos frutiferamente com Deus.



Escrituras desconfortáveis
Nesse artigo quero dar um olhar sobre diversas passagens das Escrituras que deixam as pessoas nervosas, porque parecem julgamentos e ameaças. Muitos só as ouviram em contextos religiosos e que não parecem  muito com o amor de Deus, mas dessa maneira jogam fora uma das maiores ajuda que Jesus trouxe para essa jornada.
Por exemplo, Jesus nos avisou que o caminho para a vida Nele é um caminho estreito. ( Mateus 7:13-14)
Eu sei o quanto isso tem sido pregado para deixar as pessoas com medo, mas e se Jesus não disse isso para empurrar às pessoas a esteira da religiosidade? De fato, não acho que Suas palavras são sobre uma destinação final, mas um encorajamento a um tipo diferente de vida nessa época. Salvação para Jesus não é um cartão passe-livre-do-inferno, mas uma porta aberta para um relacionamento mais intimo com o Pai.
Somente os religiosos conseguiriam distorcer isso em orgulho pensando que se praticar certa doutrina ou ritual, e se deleitar no fato de que outros que não seguirem isso vão perecer. Jesus não quis provocar exclusividade ou medo com suas palavras, mas encorajar corações famintos a conhecê-lo melhor. Seguir a larga trilha de interesse-proprio vai devorar-nos por dentro, mas um caminho mais estreito nos conduzirá à vida.
Eu achava que as pessoas eram transformadas por ouvir as Escrituras e aplicar esses princípios em suas vidas. Mas isso nunca deu certo. As pessoas podem ouvir milhares de sermões e ler centenas de livros e ainda sentir que não entenderam. Não me admira que Jesus nunca tenha pregado sermões com pontos a serem aplicados no final, Ele andou com as pessoas,  respondeu suas questões e as estimulou a dias melhores. Nessas realidades Ele mostrou o caminho até o Pai, onde eles poderiam conhece-Lo e viver livremente.
Deus escreveu sua vontade em nossos corações e mentes e não em sermões e livros. Até que possamos aprender a segui-Lo nas escolhas mais simples continuaremos a errar o alvo. Já vi muitas pessoas dizerem, Eu tenho procurado Deus por anos, e não estou nem um pouco mais perto do que quando comecei. Fico de coração partido por elas. Tenho certeza de que seu sentimento é genuíno, mas também sei que elas estão esquecendo Deus de alguma forma. Pode ser que elas estão indo por um caminho largo e rejeitando Seus convites para um caminho mais estreito.
Por isso Jesus contrastou os dois caminhos o largo e o estreito. Seus caminhos não são óbvios para nossas inclinações naturais. Pode não parecer muito satisfatório de fora, mas isso é porque alegria e liberdade verdadeiras não estão nas coisas que queremos, ou onde a multidão nos diz que estão, mas em abraçar o que Deus sabe ser o melhor para nós. É por isso que Ele também nos avisou: Quem quiser salvar sua vida a perderá, e quem perder sua vida por Mim a encontrará ( Mt 16:25). Ele sabia que o caminho da destruição tem uma fachada bem atrativa que apela para nossos desejos egoístas e uma ilusão de um caminho fácil.
Todo dia nos fazemos varias escolhas sobre como vamos viver nossas vidas e como tratamos as pessoas ao nosso redor. Nesses momentos somos confrontados com varias opções. Muitas serão  obvias e se encaixaram na nossa satisfação própria, bem como na nossas normas culturais e religiosas. Mas não nos levarão a vida Nele.
A porta para uma vida em Jesus corre por varias portas estreitas, não pelas grandonas. Nas nossas escolhas diárias temos a oportunidade de sairmos do caminhos largo e encontrar uma graça maior em caminhos estreitos. Sei que não é glorioso, a alguns preferem um serviço espetacular ou disciplinas rigorosas. Mas a vida em Jesus é sobre aprender a ouvir o que Ele tem pra você nas opções que estão a sua frente.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Levado pelo vento - parte 2


 Levado pelo vento - parte 2 
by Wayne Jacobsen


(Continuando)

Soprando um vento diferente
Infelizmente a maioria dos crentes nunca foi exposto a vida em Cristo dessa forma. Eles veem o Cristianismo somente como uma religião com verdades para se aprender, regras e rituais para serem observados e acabam perdendo a beleza do que a vida em Jesus traz.
Eu adoro o modo como Paulo expressão isso em Timoteo, alertando-o para manter a crença principal: “Ora, o fim do mandamento é o amor de um coração puro, e de uma boa consciência, e de uma fé não fingida. (1 Timóteo 1:5)
Isso é uma vide de amor, não obrigação. Não é o quanto sabemos sobre Deus que importa como reconhecer sua afeição por nós e amar outros dessa maneira. Timoteo precisava manter isso em mente especialmente onde crentes estavam se apaixonando por controvérsias doutrinarias, muito mais que pelo amor.
Note que este amor é puro, sem interesse próprio. Todos sabemos o que é viver por interesse próprio, procurando maximizar nossos benefícios ou minimizar a dor da situação. Assim que aprendemos a sobreviver no mundo. Mas o vento que Jesus revelou a Nicodemos não opera com interesse próprio, mas na doação de amor de Deus. Isso que diferencia seu povo pelo mundo. Não é difícil para nós reconhecermos pessoas levadas por interesse próprio, mesmo quando usam  religião para ter ganhos principais ou dizendo que é em amor. Mas não conseguimos entender as pessoas que vivem-a-vida-deixando-se-levar-pelo-amor, onde somente Jesus consegue transformar-nos. Aqueles que mais foram amados mais amarão.
Eu costumava pensar que crescer no cristianismo era aprender novas verdades e coloca-la em pratica. Mesmo que isso ajude, não funciona. Quantos de nós já escutamos um sermão poderoso ou lemos um livro inspirador, abraçamos essas mensagens e prometemos que iriamos segui-las e acabamos não fazendo nada? Então nos culpamos por não tentarmos o suficiente e acabamos por simplesmente ficarmos medindo nossos fracassos.
Por isso Jesus disse que o Espirito guiaria seus seguidores a toda à verdade (Joao 15). Isso não é algo que possamos fazer com nossos esforços, como estudar álgebra ou latim. Jesus desafiou Nicodemos não pensar na sua vida como um catalogo de informação, mas como uma vida de amor. Isso mudaria tanto o modo como ele vivia que os outros nem o reconheceriam ou conseguiriam explicar suas ações.



Confiança genuína

Sempre que paro pra pensar no modo como Deus trabalha fico maravilhado – indo por onde eu não iria e dando forças frente as circunstancias que eu correria, ou subitamente desaparecendo dos planos e rotinas que eu esperava que Ele estivesse.
Isso antes me frustrava. Mas não mais. Eu já me acostumei à realidade que Ele não fará todas as coisas como eu desejaria. Estou convencido do fato que Deus faz todas as coisas bem, mesmo que as vezes não seja pra meu conforto e conveniência. E estou convencido de que seguindo-O é o único modo de viver realmente, circunstancia a circunstancia, tarefa a tarefa, obediência por obediência. E hoje amo que seja assim.
Correr atrás de uma formula que seja aplicável para se conseguir Seu estilo de vida, providenciada pelo Novo testamento ou mesmo crescendo na vida na igreja, é uma corrida de tolos. Isso falhava vez após vez até eu perceber que essa vida somente vem através de um relacionamento crescente com Ele. Quanto mais eu O conheço e quanto mais vejo sua Mão trabalhando, mais me confio e desejo vive em seu reino.
Estou convencido de que o vento é o seu Espirito, e minha necessidade de nascer de novo não é um experiência de uma vez só, mas uma escolha diária de não ter expectativas de como as coisas devem ser, de confiar somente nos meus desejos e instintos, e sintonizar minha mente ao soprar do seu Espirito e na verdade de sua palavra. Onde eu viver renascido hoje, deixar-me-ei ser guiado por seu Espirito com alegria e liberdade. Verei suas marcas nos lugares mais acidentados e estarei pronto para cooperar com seus propósitos na minha vida.
Vivendo com minhas ambições egoístas, performance religiosa ou da sabedoria humana eu luto com questões sem respostas e ajo de maneira a machucar os outros. Cansei disto. E pensar que vivi muito tempo desse jeito, quero viver do outro jeito – mais hoje que ontem e mais amanha que hoje. E o único jeito que conheço e viver profundamente nEle, esperando seu vento soprar e segui-lo. Mesmo que as pessoas importantes para mim não consigam entender o que eu estou fazendo ou porquê. Jesus avisou que seria assim.

Seguindo Ele, não Algo,

Cada vez que decidimos seguir um modelo de espiritualidade, a formula de alguém para o sucesso, ou a rotina, mesmo que bem intencionados, acabaremos caminhando por nossa limitada sabedoria. O convite para esse reino é seguir uma pessoa. Jesus não nos deu um caminho, Ele é o Caminho. Ele não tem a vida, Ele é a Vida. Ele não fala a verdade, Ele é a Verdade. Tudo sobre o Seu reino começa e termina Nele e nós conseguimos isso com um relacionamento crescente com Ele.
Isso geralmente é muito difícil para as pessoas enxergarem quando elas estão desiludidas com a igreja, como muitas se encontram hoje. Imediatamente elas começam a procurar outro jeito de fazer igreja e pulam de volta a uma nova forma de religiosidade, mais que aprender simplesmente como segui-Lo.
Parte do que Jesus fez foi encorajar Nicodemos a parar de colocar caixas ao redor da vida em seu Espirito, que não pode ser contido. Voce já tentou colocar o vento em uma caixa? Já tentou para-lo, ou então faze-lo soprar em outra direção? Que inútil! Assim também é quere controlar o trabalho de Deus, colocando em caixas nas formas que preferirmos, ou então ficar prevendo os resultados do que queremos Dele.
Ele é o vento. Sopra aonde quer, e podemos segui-lo se quisermos. Quem é nascido do Espirito perde seus desejos neste mundo temporal onde as garras da satisfação, segurança e estabilidade tendem a nos prender. E seguindo-O nos tornamos como o vento, disponíveis para fazer a cada momento o que  ele nos pedir.



Obedecendo as cutucadas

Fé não vem da teologia, vem de um relacionamento. Desde os dias mais remotos Ele deseja demonstrar como abraçar essa revelação em nossas vidas e nos ensinar a segui-Lo. Não sei como descrever isso senão simplesmente obedecer a essas cutucadas que Ele nos dá. Ele talvez esteja revelando algo sobre Si, nos convidando a passar um tempo juntos, guiando-nos a Bíblia ou incentivando-nos a servir e encorajar outros. Aprender a reconhecer essas cutucadas e segui-las é o que nos ajuda a distinguir entre nossos desejos e os Dele. Essas cutucadas quase nunca começam com chamado para grandes ministérios, mas nos viver fora da caixa do egoísmo, dos caminhos do mundo, servindo os outros ao nosso redor.
Para muitos isso parece espiritualidade levada pela emoção, por sentimentos. Eu escuto isso sempre, por aqueles que sentem ameaçadas seu controle, disciplina e doutrinas pela vida em Deus. Mas eles não poderiam estar mais errados. Isso é uma dança do coração com a mente discernindo os caminhos de Deus. O coração sem a mente leva a um desastre bem intencionado, e a mente sem o coração irá exaltar a doutrina mais que o amor e destruirá os outros em sua arrogância.
Para crescer nessa vida, eu cultivo meu relacionamento com Ele constantemente. Eu passo mais tempo com Ele no momento em que cresce minha compreensão de seu trabalho no meu dia. Eu tenho conversas rápidas com Ele sobre tudo na minha vida e expresso meu desejo de seguir Sua vontade sempre que posso. Eu mergulho nas historias das Escrituras, aprendendo como Ele pensa e age. Eu tenho uma dieta balanceada de Deus na vida dos outros pelo que leio e ouço e as conversas com as pessoas que encontro nessa jornada.
Entao como eu descubro se são as cutucadas ou meus pensamentos? A maioria dessas cutucadas que recebo do Espirito são atos de amor e serviço em relação as pessoas. E não estou preocupado em entender errado. Não tem muitos porens em servir aos outros. Mas caso seja algo grande que Ele me peça, antes de dar o primeiro passo eu procuro quatro pistas que me asseguram:
1-      Um crescimento genuíno de convicção dentro de mim
2-      Confirmação com as Escrituras
3-      Confirmação com outros irmãos e irmãs, conversando com eles
4-      E a manifestação de circunstancias.
Quando essas 4 vozes estão em sincronia, eu tenho muita confiança de que estou no caminho certo. Mas sabe o que mais? As vezes tudo isso converge e eu ainda estou errado. Por isso pessoas nascidas do Espirito raramente usam a frase “ Deus me disse...” e sim falam no que eles conseguem sentir. Eles erraram  muitas vezes pra não ser tão presunçosos, mesmo tendo quase certeza. Eu escrevi o nome de Deus nos meus trabalhos, só pra descobrir mais tarde que era minha caneta que fazia realmente. Mas ainda estou fico disposto a acordar no dia seguinte e aprender a continuar seguindo-o. Mesmo pagando as consequências de estar errado, sei que Ele pode direcionar meus erros para Seus propósitos.

Ganhando asas
É isso que significa ter nascido pelo Espirito. Não tem nada a ver com a oração do pecador ou falar em línguas. Isso significa pegarmos o vento sobre nossas asas que vem do Pai e aprender a confiar em Suas palavras mais que nossa razão humana.
Deixamos de lado nossa vergonha e necessidade de performance que nos afasta Dele e encontramos segurança em Seu afeição enquanto Ele nos transforma. Significa perceber o quanto nossas ambições egoístas atrapalham Seu proposito na nossa vida e na de outros e perde-las na confiança que Ele sabe o que é melhor e faz todas as coisas para o bem.
Significa que nós não temos que ter tudo planejado para dar o próximo passo que Ele nos pede e nem precisamos trabalhar pelos aplausos da plateia. Significa que estamos livre da necessidade de estar no controle e saber que Seus planos são melhores.
Que alivio saber que eu nunca tive o poder ou sabedoria para fazer o que Deus quer e como perder a confiança na minha carne só traz liberdade para viver mais dependente Dele e mais gratificante se torna Seu trabalho. Que alegria acordar na incerteza da aventura da vida e sem o estresse do que pode acontecer hoje, porque Ele está comigo!
Como esforços humanos podem produzir tal resultado? É o trabalho do Espirito responder ao nosso desejo de conhecer Ele. Minha oração por voce neste termos é a mesma de Paulo para os Tessalonicenses:
Que o mestre possa pegar sua mão e guia-lo pelo caminho do amor de Deus e na paciência de Cristo
( 2 tessalonicenses 3:5)

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Levado pelo vento - parte 1


Levado pelo vento: o que a vida Nele se parece ( parte 1)
Por Wayne Jacobsen
Fevereiro de 2007

Ele era um líder religioso que encontrou Jesus no meio da noite. Ele sabia que os milagres de Jesus eram prova de que Deus estava com Ele e ele queria ser parte desse reino.  Mas ele não tinha ideia do que seria pedido a ele.
Quem sabe Nicodemos queria umas instruções, novas regras que o deixariam viver como Jesus. Mas Jesus não lhe deu nenhuma coisa nem outra. Ele simplesmente disse que ele precisaria nascer de novo. Isso fez a cabeça do Nicodemos entrar em parafuso, pois ele tentava conceber como isso aconteceria, ele , um velho, nascer outra vez. Jesus com certeza sorria para ele nesse momento. Não era um novo nascimento físico que Nicodemos precisava, mas sim um espiritual. Ele já sabia muito bem como viver nesse mundo. Se ele queria aprender a viver nesse novo reino que viria ele precisava nascer do Espirito. Por que? Porque nada desse reino pode ser visto, perseguido ou alcançado pela carne, independente das intenções. É muito contrario a qualquer modo que nossa carne pensa ou age.
 O que mais me impressiona aqui é que não havia qualquer conflito entre a carne de Nicodemos e sua posição como líder religioso. Enquanto sua religião, até certo ponto, restringia os apetites carnais, também provia um jeito dele saciar outros, como cobiça por poder ou status. Mas o reino que Jesus estava trazendo era diferente. Nao foi oferecido a Nicodemos outra forma de performance, mas um jeito totalmente diferente de se viver. Para realizar isso era necessário nascer de novo no Espirito, que abriria seus olhos espirituais. Foi quando Jesus falou: O vento sopra aonde quer. Voce ouve o vento, mas não sabe de onde vem nem para onde vai. Assim são os que nasceram pelo Espirito ( Joao 3:8)
Eu entendo como o Espirito pode ser como o vento, não podendo ser definido ou controlado, mas o pensamento aqui é que aqueles que são nascidos do Espirito são assim, isso me cativou desde da primeira vez que li, ainda jovem.  Não lembro quem estava lendo ou onde seu estava, mas lembro como nesse dia essas palavras encheram meu coração com um ar de mistério e aventura. Toda vez, desde então, que eu escuto essas palavras no evangelho de Joao, isso reacende essa paixão de viver desse mesmo modo.

Nascido de Novo
Certamente ninguém deu muita atenção a essa passagem nos últimos 50 anos aplicando o termo “nascido de novo” a qualquer um que fez a oração do pecador, foi batizado ou aqueles que acompanham um estudo bíblico ao invés de algo mais liberal. O termo “nascido de novo” é comumente usado hoje em dia com o termo evangélico para validar uma porção do Cristianismo e questionar a fé de outros que não usam tal jargão. Nós pegamos um termo que Jesus usou para chamar as pessoas para seu reino no termo mais divisor entre os cristãos, prova de que erramos seu ponto completamente.
Se Jesus fosse definir seu reino por uma crença, esse foi o momento em que Ele o fez. Se Nicodemos visualizasse o reino por seguir certas regras ou sacramentos ou ensinando as éticas do modo de vida divino, Jesus teria dito naquela hora para ele. Jesus não estava redefinindo a religião do Velho Testamento, Ele oferecia um novo caminho de vida que era indefinido e incompreensível pela mente natural.
Nicodemos não precisava de novos princípios, ele precisava recomeçar sua jornada espiritual de novo. A religião que ele conhecia tão bem nunca chegaria a transformar sua vida. Nascer de novo significava que nas coisas espirituais ele precisava deixar para trás tudo que ele já conhecia e aprender a viver no Espirito. Jesus sabia que isso seria difícil para um homem tão cheio de religião, e o fato de Nicodemos ficar perturbado com o que Jesus disse comprova isso.
E assim é conosco. Quanto mais nos afundamos na atividade religiosa, mais difícil é ver o reino como ele realmente é.  Temos milhões de pessoas no mundo hoje que afirmam que nasceram de novo, mas não tem a mínima ideia de quem Jesus é ou como viver em sua realidade.  Ele dizem acreditar nas crenças cristãs, seguem éticas cristãs e praticam rituais cristãos, mas não sabem como seguir o vento do Espirito e ser transformado por Ele.
Nascer de novo é um processo que abre nossos olhos e corações para participar  de um reino que é além do mundo material, muito mais do que fomos ensinados a viver.







Seguindo o vento

Para ilustrar esse renascimento Jesus usou o vento como uma metáfora e descreveu 3 coisas que são verdadeiras:
Sopra aonde quer – Nenhum homem controla o vento. Mesmo com nossa avançada tecnologia é controlado por forças maiores que a influencia da humanidade. Tem vezes que nós gostaríamos que parasse ou soprasse em direção diferente, mas não há nada que possamos fazer.
Voce ouve seu som – Mesmo sendo invisível, nós podemos ouvi-lo, senti-lo na pele e ver seus efeitos no mundo ao nosso redor. Nós já presenciamos a uma semana atrás os ventos de Santa Ana sopraram a 25-30 milhas por hora, chegando a vezes a 50.Certa manha nossa rua estava cheia de lixo pois as lixeiras haviam sido derrubadas naquela noite.
Voce não pode dizer de onde veio nem para onde vai - Voce nunca se perguntou de onde vem todo esse vento e pra onde ele volta? Eu sei que ele alterna entre áreas de alta e baixa pressão, mas não sei dizer onde o vento que passou pelo meu rosto de manha vai parar à tarde.
Que excelente metáfora pra descrever o trabalho do Espirito. Ele é como o vento, soprando onde deseja, invisível mas todos notam e é verdade que ninguém consegue dizer o que Ele pretende cada dia. E mesmo sendo tudo verdade, ainda não era o que Jesus estava dizendo. Ele comparou o vento a todos que são nascidos do Espirito.
Isso e´ voce e eu! Aqueles que são nascidos do Espirito se movem por esse mundo como o vento. Eles vivem por motivações diferentes. Voce enxerga o impacto que essas pessoas causam, mesmo que não se consiga saber porque fazem o que fazem.
Pessoas assim costumavam em deixar maluco. Quando eu era pastor, me incomodava que alguns dos mais espirituais homens e mulheres que encontrei, não se encaixavam no programa como eu queria que fizessem. Não se interessavam por posições como membros, e rejeitavam convites dos nossos anciões. Talvez não fossem tão espirituais como eu pensava.
Acabei descobrindo, entretanto, que eles estavam é sintonizados numa frequência maior. Quando expressava minha frustação com algum deles, simplesmente diziam “ não sei se sei explicar, mas algum dia voce entenderá”.
Eu não gostava dessa resposta até o dia em que ouvi eu mesmo dizendo quase as mesmas palavras, anos depois, a um convite de um grupo de anciões.

(continua...)